Por, Dênnys D'Lima
"A
arte de trabalhar em escamas de peixe tem sua origem nos Açores –
Portugal Insular, que no século XVIII, iniciaram o povoamento das Ilhas do
Delta do Jacuí. Trata-se de uma antiga tradição encontrada nas Ilhas dos Açores
desde o século XVII, quando as freiras, exímias artesãs, nos conventos,
adornavam os paramentos religiosos com delicadas flores feitas com escamas, se
popularizou em seguida transformando numa habilidade em montar arranjos que
ornamentavam as casas portuguesas e, a Ilha da Pintada não é diferente porque,
são em sua maioria descendentes de Açorianos".
A oficina de artesanato com Escamas de Peixes, que aconteceu no Centro de
Idosos, de Cajueiro Seco, dentro da programação da 12º Noite da
Resistência Negra, com as facilitadoras: Geize Santos e Mariana Veiga, mestrandas em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela UFRPE e teve o apoio padagogico de Patrícia dos Reis, que também é mestranda em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela UFRPE.
A oficina fortaleceu a importância do trabalho coletivo para o desenvolvimento das relações sociais de aprendizagem e sustentabilidade com a confecção das flores a partir das escamas de peixes, elemento pouco explorado, mas uma matéria prima que é jogada fora, que poucos reutilizam ainda.
Da escama de peixes, se constituiu um tipo de empreendimento coletivo e solidário - A produção de joias, bordados, luminárias, porta guardanapos, dentre outros -, foi uma das práticas pedagógicas da oficina,
que busca resultados não apenas da qualificação de novos artesãos, como também
o ensino da técnica para que as pessoas se interessem, e por que não façam
desta uma atividade econômica, aumentando a renda familiar, e uma atividade de
suma importância para o equilíbrio social e ambiental, que é o mais importante nos dias
atuais.
Foto: Divulgação
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